sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Clube do Fracasso

O espetáculo Clube do Fracasso da cia Rústica tem uma proposta cômica de trabalhar os elementos de relatos reais dos próprio atores. Sexualidade, fim de relacionamento, são inúmeros os temas tratados por eles. Com uma proposta contemporânea, a cenografia é parcialmente fragmentada assim como o texto falado pelos atores. Também é possível perceber essa fragmentação na interpretação dos atores, a proposta feita por eles é justamente a de não ter personagens, os personagens são os atores. Existe um trabalho partindo do corpo de forma que os atores trabalham em cena partituras corporais fragmentando ainda mais o espetáculo.
Se o corpo, o texto e as ações tratadas pelos atores, a iluminação não fica dentro dessa fragmentação, ela é pouco explorada e não tem muitas variações. O espaço proposto para o acontecimento teatral é pequeno limitando as ações desenvolvidas dentro das cenas. As histórias não são tocantes e não atravessam os espectadores, a impressão que se passa é do vazio presente em muitos textos teatrais contemporâneos.
A cenografia não é bem explorada também e muitas das vezes deixa a cena suja atrapalhando de certa forma o desenrolar do espetáculo. A luz também não compõe com o espetáculo é muitas vezes parece ser uma luz pensada para ambientar o espaço, o que parece um pouco contraditório diante da narrativa proposta por eles.
O espetáculo foi feito pela primeira vez em 2010 em Porto Alegre. O mesmo rodou por algumas capitais do país como São Paulo e também Rio de Janeiro onde ganhou um prémio de melhor especulo.

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