segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Ser ou não ser, eis a questão
O que faz uma obra ser clássica? É a sua idade? É o contexto em que ela está dentro da história? E o que faz uma obra clássica ser montada tantas e tantas vezes depois de seu tempo? O que faz uma obra clássica perpassar a sua época e continuar falando por tantos e tantos anos depois?
São perguntas que talvez nós não tenhamos a resposta concreta, a história acontece, porém, ela não é concreta, são recortes que nos são enfiados pela goela. Entretanto, o que seriam de nós se não fossem os ditos de Shakespeare com a invenção do homem moderno? Será que Hamlet, o pobre rapaz perdido em meio aos seus conflitos e dúvidas não tem algo para nos dizer atualmente ou será que o que nos resta é o silêncio? Será que as suas dúvidas não são as mesmas que nos acercam dentro da contemporaneidade com a vinda da internet, das relações superficiais, das contradições que todos esses elementos trazem para o humano? Ou será que o que foi dito deva ficar no passado e dar espaço para novos clássicos?

Se o texto clássico não tem mais nada a nos dizer o que nos resta é o silêncio. Se no mais ser ou não ser não é mais uma questão no meio de um holocausto de desumanidade onde ninguém sai totalmente ileso. Se Hamlet, Rei Lear, Macbeth e tantos outros clássicos de Shakespeare não tem mais nada a nos dizer contemporaneamente, o que resta é silêncio

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