domingo, 13 de agosto de 2017

      MONTAR OU NÃO MONTAR OS CLÁSSICOS: EIS A QUESTÃO!


      Desde a pré-história, o encanto por contar e ouvir histórias tem sido característica do ser humano e assim, este desenvolveu  distintas formas de contá-las. Pintura rupestre, literatura, música, televisão e rádio são algumas das maneiras que criamos para que nossas histórias fossem contatadas e ouvidas. Com o teatro não foi diferente.
      Conforme o ser humano e a sociedade se desenvolviam, o mesmo acontecia com o teatro e assim, as histórias foram sendo contadas de inúmeras maneiras, de diversas formas.
    Com o passar dos séculos, a complexidade do homem aumentara e dessa forma suas histórias foram perdendo potencialidade conforme as mudanças ocorriam na sociedade.
    Segundo Renato Rocha, músico e compositor, "clássica é a obra que tem dimensão universal: consegue atravessar gerações, fronteiras e nacionalidades, sem perder suas características" e é com essa citação que embaso minha teoria de que os clássicos já não teriam o mesmo potencial da época em que foram encenados, se encenados nos dias de hoje.
     Pra mim, esse conceito de dimensão universal para os clássicos é deturpado, uma vez que cada sociedade tem suas características ímpares e são transpassadas de maneiras diversas. O cerne do teatro seria contar novas histórias ou as velhas histórias que já foram contadas pelos antepassados?
    Sejamos sucintos: a problemática aqui é montar os clássicos bem como foram montados (ou idealizados), de acordo com a época em que foram escritos. Seria cabível para os dias de hoje manter a tradição teatral dos clássicos?
      Modestamente, acho que não.

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